Essa semana falarei na Rádio Bandeirantes 1360 AM, sobre Bullying, algo que está cada vez mais em alta, mas é muito pouco explicado pela mídia. Por esse motivo, resolvi compartilhar aqui com vocês também, uma breve explicação sobre o assunto.
Temos que tomar muito cuidado para que o Bullying não se torne o problema “da moda”! Esse comportamento agressivo por parte de algumas pessoas, crianças ou não, em relação a outras que muitas vezes são ou estão fragilizadas por determinadas características ou mesmo por problemas situacionais, ou pior, muitas vezes algumas pessoas sofrem o Bullying por algo que pessoas próximas são ou fazem, como por exemplo, filhos de homossexuais, escolhas religiosas etc.
Acho que o primeiro ponto a definirmos, é o que significa essa nomenclatura. Bullying é uma palavra que vem do inglês (bully) e significa tirano ou valentão e diz respeito a uma violência física ou psicológica. São atos intencionais e repetitivos praticados por uma pessoa ou um grupo de indivíduos com a finalidade de agredir ou intimidar outra pessoa ou grupo, e esta outra pessoa ou grupo geralmente é incapaz de se defender de tal agressão.
O acompanhamento psicológico e em alguns casos até mesmo medicamentoso é essencial para o cuidado e o tratamento das pessoas envolvidas neste tipo de situação, para todos os envolvidos.
É importante ressaltar que tanto a vítima como também o agressor, necessita de ajuda profissional. Muitas vezes o próprio agressor em outros momentos se torna vítima. Por exemplo, uma criança que caçoa de colegas na escola e em casa sofre agressões do padrasto ou qualquer outra pessoa, ou mesmo pode ter sofrido Bullying quando mais nova na mesma escola.
Segundo o site Wikipédia “em 20% dos casos as pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras de bullying, ou seja, em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de assédio escolar pela turma”.
Entretanto o mais importante nesses casos é o acompanhamento dos pais ou mesmo pessoas próximas a todos aqueles que podem estar envolvidos com o Bullying, pois tanto a pessoa agredida quanto o agressor, normalmente não sabem sair dessa posição ou,no caso da vítima,nem mesmo percebe o que está fazendo para ser agredidos.
Muitos sintomas podem ser percebidos, como mudança de humor, dor cabeça, de estômago, insônias e vômitos freqüentes. Também é possível observar mudanças no comportamento, como o isolamento, baixo rendimento escolar, briga entre irmãos e autoagressão.
O Bullying que temos acompanhado pela mídia está cada vez mais, tomando uma proporção maior, levando até mesmo a mortes e suicídios e por esse motivo gera tanta preocupação. Entretanto, a atenção e o cuidado devem estar sempre presente, pois passar por essa situação pode ser também um fator desencadeador para outras várias patologias como depressão, pânico, transtornos alimentares etc.
O trabalho em equipe, associando psicólogos, escola, pais e se necessário também médicos e assistentes sociais é primordial para o cuidado e resolução de uma situação de Bullying para todos os envolvidos.
Todos devem estar atentos para a observação, a escuta e principalmente o ensinamento do respeito pelas diferenças, para com isso minimizar e até mesmo quem sabe, evitar que cada vez mais pessoas e principalmente crianças passem por essa situação.
Eu e toda a equipe do Espaço SER Psicologia estamos à disposição para esclarecer qualquer dúvida ou auxiliar em qualquer caso de Bullying que estiver ao nosso alcance.
Nathália Villela.