Aproveitem!
"A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo".
Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e ela sempre me soou estranha.
Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de tosos os erros, tristezas e perigos.
Uma batalha hercúla, confesso.
Quando começo a esmoecer na luta para controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absulutamente clara.
Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que
significa isso.
Ser "desnecessária" é não deixar que o amor incodicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência
nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos,
confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas,
superar suas frustrações e cometer os próprios erros também.
A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical.
A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os dois lados,
mãe e filho.
Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não
pára de se transformar ao longo da vida.
Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria
família e recomeçam o ciclo.
O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na
concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto
para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.
Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres.
Esse é o maior desafio e a principal missão.
Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto seguro
para quando eles decidirem atracar.
"Dê a quem você Ama:
- Asas para voar...
- Raizes para voltar ...
- Motivos para ficar..."
Dalai Lama.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário